quinta-feira, 18 de novembro de 2010

História do sabão

A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao século XXV a.C..

Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira evoluiu acumulando enorme experiência prática, além de estudos teóricos desenvolvidos por pesquisadores.

Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros processos exigiam muito mais paciência do que perícia.

Tudo o que tinham a fazer, segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si.

O que ainda não se sabia era que se tratava de uma reação química de saponificação.

O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de misturas de materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura).

Os primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação foram obtidos substituindo as cinzas de madeira pela lixívia rica em hidróxido de potássio, obtida passando água através de uma mistura de cinzas e cal.

Porém, foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria.

Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e álcali.

Foi quando Chevreul, um químico francês, mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química.

Nessa época, Domier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação.

Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente imutáveis.

As modificações maiores ocorreram no pré-tratamento das gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores matérias-primas, no processo de fabricação e no acabamento do sabão, por exemplo, na secagem por atomização para obtenção do sabão em pó.

SABÃO E DETERGENTE

Já nos primeiros anos da era cristã, os gauleses ferviam sebo e cinzas para fabricar uma forma primitiva de sabão. Conhecido pelos romanos e fenícios e artigo de luxo na Idade Média, o sabão tornou-se produto de uso generalizado a partir do século XIX. Desde a segunda guerra mundial, a fabricação de sabão a partir de materiais naturais vem diminuindo em benefício do detergente sintético.

Sabão e detergente são compostos químicos destinados à limpeza. Os detergentes são produtos sintéticos destinados a remover detritos de superfícies sólidas, lisas ou porosas. O sabão é, na verdade, um tipo mais simples de detergente e compreende todos os sais de ácidos gordurosos. Os sabões se dividem em duros, ou sódicos, e moles, ou potássicos. Quando tanto o sódio como o potássio estão presentes em sua composição, o sabão se classifica segundo a base preponderante.

Os sabões são fabricados com álcalis e gorduras. Tradicionalmente, a soda cáustica e as gorduras eram misturadas em grandes cubas aquecidas por diferentes meios até o ponto de ebulição. O processo moderno é o da hidrólise direta das gorduras a temperaturas elevadas. Uma grande desvantagem do sabão é sua tendência a reagir ao cálcio e magnésio da água dura, com a formação de um resíduo insolúvel, motivo pelo qual tende a ser substituído pelos detergentes sintéticos.

O elemento básico do detergente é um agente de superfície ou agente tensoativo, que reduz a tensão superficial dos líquidos, sobretudo da água, e facilita a formação e a estabilização de soluções coloidais, de emulsões e de espuma no líquido. Para penetrar na superfície e interfaces dos corpos (adsorção), a molécula do agente tensoativo contém uma parte polar ou hidrofílica, solúvel em água, e uma parte lipofílica, solúvel em gordura.

Os detergentes dividem-se em aniônicos, em que a atividade superficial é desempenhada por íons negativos (ânions); catiônicos, em que a mesma é desempenhada por íons positivos; não-iônicos, cuja molécula inteira é superficialmente ativa; e anfolíticos, em que a atividade superficial pode ser positiva ou negativa, de acordo com o índice de acidez (pH) da solução.


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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

História do sabão

A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao século XXV a.C..

Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira evoluiu acumulando enorme experiência prática, além de estudos teóricos desenvolvidos por pesquisadores.

Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros processos exigiam muito mais paciência do que perícia.

Tudo o que tinham a fazer, segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si.

O que ainda não se sabia era que se tratava de uma reação química de saponificação.

O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de misturas de materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura).

Os primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação foram obtidos substituindo as cinzas de madeira pela lixívia rica em hidróxido de potássio, obtida passando água através de uma mistura de cinzas e cal.

Porém, foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria.

Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e álcali.

Foi quando Chevreul, um químico francês, mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química.

Nessa época, Domier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação.

Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente imutáveis.

As modificações maiores ocorreram no pré-tratamento das gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores matérias-primas, no processo de fabricação e no acabamento do sabão, por exemplo, na secagem por atomização para obtenção do sabão em pó.

SABÃO E DETERGENTE

Já nos primeiros anos da era cristã, os gauleses ferviam sebo e cinzas para fabricar uma forma primitiva de sabão. Conhecido pelos romanos e fenícios e artigo de luxo na Idade Média, o sabão tornou-se produto de uso generalizado a partir do século XIX. Desde a segunda guerra mundial, a fabricação de sabão a partir de materiais naturais vem diminuindo em benefício do detergente sintético.

Sabão e detergente são compostos químicos destinados à limpeza. Os detergentes são produtos sintéticos destinados a remover detritos de superfícies sólidas, lisas ou porosas. O sabão é, na verdade, um tipo mais simples de detergente e compreende todos os sais de ácidos gordurosos. Os sabões se dividem em duros, ou sódicos, e moles, ou potássicos. Quando tanto o sódio como o potássio estão presentes em sua composição, o sabão se classifica segundo a base preponderante.

Os sabões são fabricados com álcalis e gorduras. Tradicionalmente, a soda cáustica e as gorduras eram misturadas em grandes cubas aquecidas por diferentes meios até o ponto de ebulição. O processo moderno é o da hidrólise direta das gorduras a temperaturas elevadas. Uma grande desvantagem do sabão é sua tendência a reagir ao cálcio e magnésio da água dura, com a formação de um resíduo insolúvel, motivo pelo qual tende a ser substituído pelos detergentes sintéticos.

O elemento básico do detergente é um agente de superfície ou agente tensoativo, que reduz a tensão superficial dos líquidos, sobretudo da água, e facilita a formação e a estabilização de soluções coloidais, de emulsões e de espuma no líquido. Para penetrar na superfície e interfaces dos corpos (adsorção), a molécula do agente tensoativo contém uma parte polar ou hidrofílica, solúvel em água, e uma parte lipofílica, solúvel em gordura.

Os detergentes dividem-se em aniônicos, em que a atividade superficial é desempenhada por íons negativos (ânions); catiônicos, em que a mesma é desempenhada por íons positivos; não-iônicos, cuja molécula inteira é superficialmente ativa; e anfolíticos, em que a atividade superficial pode ser positiva ou negativa, de acordo com o índice de acidez (pH) da solução.


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