quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mineiro dando má noticia!

— Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.

— Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?

— Ah, eu só tô ligano para visá pro sinhô qui o seu papagaio morreu.

— Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou o concurso?

— Êle memo.

— Puxa! Que disgrama! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Mas... ele morreu de quê?

— Dicumê carne istragada.

— Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?

— Ninguém. Ele cumeu a carne dum dos cavalos morto.

— Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?

— Aquele puro-sangue qui o sinhô tinha! Eles morrero de tanto puxá carroça dágua!

— Tá louco? Que carroça d'água?

— Prapagá o incêndio!

— Mas que incêndio, Meu Deus?

— Na sua casa... uma vela caiu, aí pegô fogo nas curtina!

— Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?

— Do velório!

— De quem?

— Da sua mãe! Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que era ladrão!

— Meu Deus, que tragédia (começa a chorar)...

— Peraí sô Carlos, o sinhô num vai chorá pur causa dum papagai, vai???



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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mineiro dando má noticia!

— Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.

— Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?

— Ah, eu só tô ligano para visá pro sinhô qui o seu papagaio morreu.

— Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou o concurso?

— Êle memo.

— Puxa! Que disgrama! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Mas... ele morreu de quê?

— Dicumê carne istragada.

— Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?

— Ninguém. Ele cumeu a carne dum dos cavalos morto.

— Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?

— Aquele puro-sangue qui o sinhô tinha! Eles morrero de tanto puxá carroça dágua!

— Tá louco? Que carroça d'água?

— Prapagá o incêndio!

— Mas que incêndio, Meu Deus?

— Na sua casa... uma vela caiu, aí pegô fogo nas curtina!

— Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?

— Do velório!

— De quem?

— Da sua mãe! Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que era ladrão!

— Meu Deus, que tragédia (começa a chorar)...

— Peraí sô Carlos, o sinhô num vai chorá pur causa dum papagai, vai???



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